quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cónego João Marcos: o ateliê como lugar de oração


«Este é um lugar de oração», diz o cónego João Marcos sobre o seu ateliê de pintura no edifício do Seminário dos Olivais, em Lisboa.

«A beleza, para o cristianismo, não é um luxo». Por isso «um cristianismo que se expresse sem beleza nega-se a si mesmo.»

«Quando fazemos o rosto de Cristo, o importante é isto: não é uma obra para nós vermos; vamos ao encontro de alguém que nos vê a nós.»

Neste vídeo o sacerdote fala sobre a teologia da imagem e da «presença espiritual» do ícone, que está na fronteira da abstração e é «figurativa quanto baste».

O cónego João Marcos situa a sua obra dentro dos cânones da iconografia, «uma espécie de credo» que se enquadra dentro da tradição da Igreja.

«O artista que pinta para a Igreja deve dar expressão à fé, à esperança e à caridade da Igreja», sublinha.

«Eu não sou um pintor que é padre. Eu sou um padre que também pinta». «Não tenho ilusões de que grande parte do que faço fica ao nível do esboço. Muitas vezes [as pinturas] são acabadas à pressa porque é preciso inaugurar a igreja. Como isto é um processo muito lento e eu não tenho tempo, carrego comigo a consciência de fazer sempre coisas imperfeitas e inacabadas. O que é uma humilhação grande para mim.»


Cónego João Marcos: O ateliê é um lugar de oração from Pastoral da Cultura on Vimeo.


© SNPC | 07.12.11

Sem comentários:

Enviar um comentário