segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A existências dos anjos

É DOGMA DE FÉ a existência e a acção dos anjos (Catecismo da Igreja Católica, n. 328).

Portanto, é errado dizer que os anjos maus não tem poderes para desviar as almas da graça de Deus. Basta lembrar-nos, por exemplo, do Evangelho que diz: "Durante a ceia, - quando o demónio já tinha lançado no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de traí-Lo" (Jo 13, 2).

De igual modo, também é errado afirmar que os anjos bons não podem ser invocados para auxiliar-nos no combate contra o mal e na execução das tarefas e decisões de nossa vida. As Escrituras estão repletas da intervenção dos Anjos na protecção e conselho dos servos de Deus.




A Igreja festeja na Liturgia os grandes Anjos Miguel, Rafael e Gabriel. Segundo o calendário do rito antigo, porém, os Arcanjos são celebrados em dias diferentes. A reforma litúrgica do Vaticano II reúne-os em um só dia festivo, no qual São Miguel sempre foi celebrado.


Qual a origem da Festa no dia 29 de setembro?

É o aniversário da dedicação ao Arcanjo Miguel de uma igreja ao norte de Constantinopla., no século IV.

 Na verdade, o lugar já existia, mas era pagão, em honra de Zeus. Constantino, visitando o local após vencer próximo dali o então imperador romano Licínio, percebeu que a estátua do grande deus grego era semelhante a um anjo cristão. Portanto, mandou tirar dele tudo que era do paganismo e fez que fosse dedicado ao culto católico, sob o patrocínio do Príncipe das Milícias Celestes. A igreja foi chamada de "Michaelion". Infelizmente, ela foi demolida no século XV e seu material foi usado na construção de uma fortaleza.


O Anjo

O Anjo que em meu redor passa e me espia
E cruel me combate, nesse dia
Veio sentar-se ao lado do meu leito
E embalou-me, cantando, no seu peito.

Ele que indiferente olha e me escuta
Sofrer, ou que, feroz comigo luta,
Ele que me entregara à solidão,
Poisava a sua mão na minha mão.

E foi como se tudo se extinguisse.
Como se o mundo inteiro se calasse,
E o meu ser liberto enfim florisse,
E um perfeito silêncio me embalasse.
Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

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